quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

velho buk, sabe das coisa



“Eu podia ver a estrada a minha frente. Eu era pobre e ficaria pobre. Mas eu não queria particularmente dinheiro. Eu se quer sabia o que desejava. Sim, eu sabia. Queria algum lugar para me esconder, um lugar que ninguém tivesse que fazer nada. O pensamento de ser alguém na vida não apenas me apavorava mas também me deixava enjoada. Pensar em ser uma advogada, ou uma engenheira, ou uma empresária, qualquer coisa deste tipo, parecia-me impossível.
Casar, ter filhos, ficar presa a uma estrutura familiar. Ir e vir de um local de trabalho todos os dias. Era impossível. 
Fazer coisas, coisas simples, participar de piqueniques em família, festas de natal, ano novo, dia do trabalho, dia das mães....afinal, é pra isso que nasce um homem, pra enfrentar essas coisas até o dia de sua morte??
Preferia ser uma lavadora de pratos, retornar para a solidão de um cubículo e beber até dormir.”

- Este trecho poderia tranquilamente ser assinado por mim. Imagine que lindo, “Larissa Cordeiro” no final das aspas?? Hahahhaha! 
Mas não. Há muito tempo Bukowski, já vivera a mesmíssima agonia, talvez não seja pra eu ficar feliz por saber disso, mas fico. 

Odiosa natureza humana! 

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