quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cópia de algumas postagem do meu perfil do Facebook

Divulgando: https://www.facebook.com/larissa.cordeiro.7



O mundo corporativo me obrigando a ouvir: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”


Então, defina juízo. Pois, no meu mundo, os ajuizados DESobedecem.

Bora mudar o dizerzin para: Manda quem QUER, obedece quem tem algum INTERESSE.

Bom dia pra todos os “rebeldes sem causa”. (sem causa é ótimo...rs) — se sentindo Enojada! em Morumbi Shopping.


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Agora o mundo todo vai "zoar" o Corinthians por causa da torcida organizada Gaivotas Fiéis. Como se ter gays em qualquer grupo fosse um crime!! Como se SER gay fosse um crime! 
Mesma galera que se diz contra a homofobia. 

"Por que gay pode tudo, menos ter time de futebol e torcer, pois, futebol AINDA é coisa pra "macho". 

Não sei pq insisto em me admirar com essa sociedade... 

Abaixo a ignorância!


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Todas as manhãs meu ódio toma fermento. Sou uma puta do capitalismo. Saio de casa ainda nem clareou, quando volto tá escuro.

Mas não posso reclamar muito, afinal posso ver o céu pela janela.


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Estudante de Sociologia comemorando a morte do MC Daleste, é pra rir ou pra chorar? 

Eis aí a diferença abissal entre eu e esse bando de playboy que estuda sociologia pra contrariar o pai. Que nojo!!!!

Eu não gosto de funk, nunca fui pra um baile funk e até pouco tempo tinha bastante preconceito sobre ele. Mas hoje eu bato no peito com orgulho de dizer que o funk me representa sim!! E FODONA sou eu, a favelada que foi capaz de ler Marx e não seguir sendo o mesmo ser humano medíocre!!

Mas, é de se esperar que a playboyzada que lê tanto sobre a favela, problemas sociais e a porra toda, tenha este tipo de discurso. Trouxa sou eu que espero algo de sensato daquele que passou a vida inteira na teoria se achando o fodão. kkkkkk

Realmente nessa porra de luta de classes só existem dois lados, e eu definitivamente, não estou do lado do opressor! 

MC Daleste, descanse em paz. Sua história é a minha história!!! 

Minha História - Mc Daleste

Quando comecei passava mó dificuldade
E la em casa era fora de realidade
É revoltante eu sei senti o gosto do veneno
Até meus 13 anos de idade não tinha banheiro

E la em casa as paredes eram de madeira
Lembro como se fosse agora quando abri a geladeira
Não tinha nada pra comer e a barriga vazia
Acho que posso conseguir aguentar por mais alguns dias

Mais amanha eu vou pra escola e como na merenda
Sábado e domingo é difícil mais agente aguenta
Mais a fome não é nada em relação ao principal
Nunca intendi por que nunca tive uma família normal

Minha mãe e meu pai trabalhando eu e meu irmão na escola
Minha irmã mais velha na faculdade mais á vida é foda
Tudo ao contrario meu destino aconteceu
Mais entreguei isso tudo {uuu} nas mãos de deus

E hoje estou aqui passando adiante
Cantando a minha história em cima de um batidão do funk
Muito obrigado a atenção de todos vocês
O resto desta historia venho cantar outra vez..

Mais uma coisa eu tenho a dizer
Nunca desista de verdade por que ...

[eu sou vencedor na porra do bagulho
Eu sou funkeiro sim e disso me orgulho
Levo no peito as cicatrizes do preconceito
Quem não é mete o pé e quem é ganha meu respeito

E é por isso que eu estou promovendo
Á guerra dos funkeiro que que significa isso ai?
Segura ai dj

Tem muita gente preconceituosa certo?
Que oprime nosso estilos de vida certo? eu sou funkeiro ,
Todo mundo aqui é funkeiro , certo
Então tem muitas vidas envolvidas nesse meio certo?
E tem muita gente que faz xacota ta ligado !
Por que nóis é funkeiro , nóis é favelado e não tem onde morar certo irmão!?
Mais aí minha agenda graças a deus ta lotada e de lugares
Classe A certo , então não é só o favelado que curte funk certo ,
Pessoas de classe média ,classe alta, e classe baixa curte funk
Por que funk é cultura sim então

Essa é a guerra dos funkeiros quem ta envolvido levanta a mão pro alto é assim que é rapaz!!

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Quando socaram o racismo no teu cu, você gozou?

Ahh foda-se, a galera conhece minha linguagem! 


Acabei de ouvir a seguinte história, e nem vou me prestar ao ridículo papel de duvidar da veracidade dos fatos. 
Uma mãe que, na mesa de cirurgia, após a Cesária, esperava ansiosamente por sua filha. Mas não para conhecer o rosto de quem ela já amava antes de mais nada, nem para saborear os ouvidos com o timbre do choro do ser humano que saiu de dentro dela. Não para amar e ensinar o amor. Mas para certificar a “qualidade” do cabelo da criança!!!

(Sim. Você não esta lendo uma piada... Calma, não se mate agora, leia até o final). 

Eis que quando sai a criança, a mãe se põe a chorar. E eu prefiro acreditar que - pelo menos por instinto - uma mescla de sentimento materno, era integrante do choro. Mas ela chora por outra coisa: “O cabelo da minha filha é ‘ruim’.” 

É parça, não foi só vc que pensou em dar o cu pra uns 437 cavalos depois de ouvir isso, eu também mano... 

Bom, mas agora eu não quero pensar em todos os problemas que surgirão na vida dessa criança, por culpa do Racismo. Isso vai me deixar zonza. 

Quero pensar nas pessoas que perpetuam e legitimam o racismo, ao me classificar como “dramática” nessa narrativa. É nisso que vou pensar agora... Fui! (morrer de depressão).  

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Fingindo ser Positiva

Texto antigo, época em que eu acreditava em algo. 


Sabe as flores? Elas morrem.
Sabe as pessoas? Elas mentem.
Sabe a força? Ela acaba.
Sabe a vida? Chega ao fim.
“A vida é uma alucinante aventura da qual nunca sairemos vivos”

Tendo plena consciência de que tudo, definitivamente TUDO, chega ao fim, o que realmente importa? De que vale este esforço todo? Esse ‘sofrimento’ todo?
Você sabe que vai morrer, mas mesmo assim vai passar a vida inteira, lutando - mesmo que inconscientemente - pra ser feliz; Independente da definição particular da palavra “felicidade” de cada um. Todos estamos em busca daquilo que pra NÓS, significa felicidade.

Seria válido “perder” o que talvez seja a única vida que nos foi dada, só pq sabemos que morreremos? Seria lógico isso?

Acho que a essência de tudo é a evolução. Não adianta choramingar porque esta vivendo x ou y situação, a única coisa que realmente é válida e importante é a tua EVOLUÇÃO. O que você aprendeu com isso, aquilo? Não podemos odiar a flor por saber que um dia ela estará murcha, temos que enxergar também a beleza que ela exalou enquanto viva, por encher nossos olhos de alegria ao prestigiar tua cor, tipo, beleza, forma, e porque não, ao prestigiar tua morte?

Acho que a vida é bem aquilo: uma peça de teatro onde cabe a nós aproveitar o intervalo antes que a tal cortina se feche.
E enquanto tuas lagrimas forem reflexo do teu crescimento e aprendizado, JAMAIS se envergonhe delas.

=)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Diamantes e bosta!

A luta de classes fede. 

Todas as manhãs a mesma coisa: O trem destinado ao Grajaú lotado, contornando o Rio Pinheiros enquanto as capivaras matam a sede, o mau-humor latente em cada expressão. O fedô do Rio adentrando nos pulmões dos ciclistas que pedalam às margens - como se isso fosse gostoso, saudável. A cada estação, parece que o cheiro fica mais insuportável, na mesma medida em que os prédios ficam mais modernos, altos e “bonitos”. O espelhado das janelas reflete a merda boiando. A porta abre e meu estomago embrulha, o cheiro entra no vagão como um espírito nos rodeando, quando não nos ultrapassa. O barulho causado pelo salto do sapado alto no chão, me deixa mais enjoada.

O risquinho vermelho na parte superior da foto, é o trem.

O fedô do Rio Pinheiros não fica do outro lado da marginal.
O cheiro não respeita os muros invisíveis que nós construímos. As pessoas sim, o fedô não.
Você desce na estação Morumbi pisando forte na sua humanidade pra assegurar ou reafirmar sua arrogância.
Arrastando o peso do seu ego pelas calçadas, que estão sendo varridas pelos garis que já foram reificados pelos teus olhos de pseudo-burgues. 
Com seu olhar cortante de desprezo, causando estardalhaço com sua ignorância.
Aproximadamente 500 metros dali esta a entrada do Morumbi Shopping, tudo perfumado, cheirando a papel verde. Os seguranças me olham desconfiados, apresento o crachá e sou “liberada”.

Você cheira a Tietê. Seu terno é como o lixo que boia no Rio sujo.
Eu olho pela janela do trem, não sei quem é mais sujo, o Rio ou você.
Não posso dormir, nem comer, sinto nojo do clima que me cerca. E nojo do nojo que me enoja por ti.
Um dia me disseram que o ódio que tenho por vocês, me faz tão fedorenta como o Rio. Mas, certamente, jamais me faria fedorenta como você, então foda-se. 

Será que estamos todos sentindo o mesmo cheiro? Será que todos vemos o mesmo rio nojento e poluído pela janela do trem? Quantos de nós se incomodam realmente com isso? 
Da onde vem esse fedô? Do rio ou de nós?

Aqui é tudo líquido. Tanto a merda quanto as vendedoras da Vivara. Tanto eu, quanto você e seu smoking carérrimo.
Aqui é tudo nojento, então, esperemos a sexta-feira chegar, bora ali num restaurante na Berrini, tomar uma sopa de merda, e beber aquela taça de estrume!





segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vejo além de tudo, em tudo.

O cansaço de pensar. 


Por que diabos eu não estava entre os que riam? 



Hoje de manhã, duas domésticas numa conversa despreocupada no trem destinado à Grajaú (Linha que passa pela playboyzada da Sul). 
Idolatravam a patroa, falavam do marido pedreiro, das crianças que criam enquanto seus filhos morrem, de sexo, de roupa, de trabalho. Apenas conversando... 
E o bando de imbecil que se acham OS RICOS DO ROLÊ, que pagam 3 conto igual a elas pra ser humilhado nesse transporte lixoso de SP, rindo horrores, ridicularizando, disputando até nas “caras fechadas” quem está odiando mais a conversa. 
Em SP rola muito disso, disputa pelo troféu da antipatia, da grosseria, da pressa e da indiferença. Cara amarrada é sinônimo de superioridade, simpatia é coisa de gente pobre e carente. Quanto mais mal-humorado você for, mais respeitado é. 

“Pois, nós somos finos, elegantes e educados. Não falamos da nossa rotina no trem, pois isso é coisa de pobre. Nós apenas rimos de quem fala, e fingimos que não estamos “interessados” nas histórias. 
Trabalhamos em escritórios, com computadores, por mais de 10 horas por dia, somos superiores”. 

Sabe a preguiça de argumentar? Então... 

=(

Depressão Pós Moderna


Sente o drama: 

Ouso dizer que o sentimento desesperador é comum a todo jovem na atualidade. Talvez você acha que não sabe do que estou falando, então vou desenhar. 



Sonhamos com a independência financeira.
Arrumamos um emprego. O emprego não é bom, mas para arrumar um melhor, precisamos estudar. Então trabalhamos feito um bando de pau no cu, para pagar os estudos.
Dormimos menos de 6 horas por noite (BEM MENOS), estamos constantemente cansados.

Nos drogamos no final de semana, (PRA ALGUNS TODOS OS DIAS) na tentativa frustrada de aliviar o stress permanente. Isso quando nos sobra coragem pra sair de casa. Só de pensar no itinerário percorrido até o rolê, o frio que passaremos enquanto esperamos o metrô abrir, ah não, preferimos dormir. 
Juramos responder sms, mensagens de amigos antigos no facebook, telefonemas pessoais. Juramos pagar aquelas visitas em atraso. Juramos visitar os avós, os familiares. 

Sexo casual é só mais um membro da lista de “saídas” que encontramos. Ou melhor, achamos que encontramos. Outros de nós, casam-se, teem filhos, vão à qualquer igreja. Tentam levar a vida numa boa, sem solavancos. Acham que conseguem...rsrs Fora a arte de nos equilibrar entre escolhas e consequências o tempo todo. Mandar o chefe tomar no cu ou não? Chegar em casa à 1 da manhã, comer ou dormir? Fugir pro mato, viver de amor e música, ou não? Se curvar perante essa servidão voluntária, ou não? Nos render ao maldito sistema, ou não? Guardar o dinheiro que lutamos tanto pra conseguir, ou o FODA-SE?

Mas a questão é que estamos doentes. Definitivamente enfermos. Tenho a real impressão de que somos – mesmo que inconscientemente – guiados pela busca incessante e desesperada pela cura. Pra alguns, cura é luxo, apenas um alívio bastaria. Guiados pela maldita esperança de que existe alguma possibilidade de sentido nessa porra de vida, nessa existência estúpida. 

Morre esperança, morre vai?