sábado, 24 de janeiro de 2015

aborígene


escrevi tudo que lembrei sobre um sonho que tive. QUE SONHO!!!




No jardim de entrada da casa daquele roqueiro tinha um túmulo. Uma escada na lateral direita contornava o jardim que ficava do lado esquerdo. Um portão velho, enferrujado e barulhento. Ele usava tênis vans e eu também, de alguma maneira isso me aproximou dele. Não tive medo. Quis até ler o nome lapidado na pedra de mármore cinza, mas em meus sonhos, meus olhos falham. Assim como a voz.
Subimos uma escada infindável por dentro da casa, até que eu notei que éramos os invasores. O que fomos buscar ali? Não sei. Depois disso eu cheguei em Recife num naufrágio, e mano, nada de Wilson (rs). Uma onda que penetrou meu corpo de modo que eu fiquei líquida. Não me afoguei é claro, porque eu era parte daquela água. Não senti nada. A onda me atirou ferozmente contra o vidro espelhado daquela joalheria. Levantei tonta e depois de perceber onde eu estava, abstraí toda dor e uma felicidade imensurável dominou meu peito! Caralho, uma cidade litorânea, tudo que eu sempre sonhei, desde sempre. Era Recife, certeza. Eu subia uma ladeira parecida com a do pelourinho de Salvador. Com as costas encurvadas formando um “c” para quem me visse pela lateral, quase de quatro, subia me sentindo uma fumaça fazendo o mesmo movimento dos cheiros de comida ilustrados no desenho pica-pau. Eu era sedutora como o cheiro de alho, cebola e azeite, corando em fogo baixo. Kkkkkkkkkkkkk Estava no Recife Antigo, eu senti. 
Depois disso, éramos como crianças ET’s. gritei o Adam mais vezes do que pude, tão alto que fiquei surda. Gritei! até perdi o fôlego mas não ouvi se quer um ruído. Algo estava tampando minha garganta. Andavamos dentre as intermináveis plantações de cana, milho, não sei. Não sentíamos medo, era um grupo de crianças e eu, por último tendo uma visão privilegiada do horizonte, como se eu fosse alta também.
Acho que foi o efeito de ter assistido “Austrália” e brisado naquele garoto aborígene. Não somos humanos. Somos espíritos, não há duvidas! Mas, pra que? E por que? 

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