quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A ignorância é uma benção.

Ter senso crítico não é privilégio, é maldição. 

Antes que me acusem de plágio ou algo do tipo, tenho que informar que o texto abaixo foi escrito depois de me identificar plenamente com o vídeo de Cauê Moura, “A ignorância é uma benção”, no canal Desce a Letra, no Youtube. Link: http://www.youtube.com/watch?v=1A6951Ld-zY&feature=relmfu
(Se você for um tiozão retrógrádo, nem clica, na moral).


Tem dia que odeio saber que poderíamos ser melhores do que somos. 


As vezes me bate uma vontade de ser idiota. Ok, pode parecer ridículo, insano, mas é verdade. 
Ter um cérebro - e mais que isso - usá-lo, nem que for pouco, custa caro. Estava eu observando o quanto sofro por não ser uma idiota, sério. Porque imagina, o idiota não sofre, ele se quer sabe que é um ignorante, pois, ser ou não idiota, não faz diferença na vida dele. O ignorante vive na merda e acha que a merda é a melhor coisa que lhe poderia acontecer, justamente por desconhecer algo melhor que a merda. 
Eu achava que a pior ignorância é a inconsciente, aquela que a pessoa nem desconfia que é um ignorante. Mas observando o quanto eu sofro por ter consciência da minha ignorância, mudei de opinião. (ou não) rsrsrs.
Quando se é consciente da tua idiotice, o mínimo que pode-se esperar é que você lute contra a ela. Daí quando deixar de ser um idiota vai ter raiva de quem você era, e raiva de grande parte dos idiotas que te cercam. É mais ou menos isso que me acontece, não tem um dia na minha vida se quer, que eu não queira matar alguém. Não quero me gabar, me glamourizar, nem nada, este nem é o objetivo, estou longe disso, mas, tenho que confessar que ter senso crítico tem sido bastante doloroso e andei pensando o quão maravilhoso deve ser pertencer a massa não pensante. O nível de stress de uma pessoa crítica e pensante deve ser bem mais alto do que qualquer outra. Eu não consigo agir normalmente quando vejo um imbecil em ação, quando ouço alguma merda que sai da boca dele, não me conformo com a extrema estupidez. Não consigo ignorar, ser imparcial, ser inexpressiva. Meu sangue corro frio na veia, meus músculos enrijecem, é como se eu tivesse tomado uma facada no peito, incrível.

Exagero? Não mesmo. “Ler 1 fraze cum eros behantis di portuguêis”, ouvir as pessoas falarem e seguirem á risca as ditaduras das novelas, ver o quão a poluição musical, a mídia atual, cega a população, contagia e aliena. Dói muito em mim.
Mas, enquanto isso, nos lustres do castelo, todas essas pessoas estão felizes e contentes, levitando sobre nuvens fofas, com sorrisos largos nos rostos, saltitando em pastos verdejantes, como se nada pudesse ser melhor do que estar mergulhado NA MERDA. E adivinha quem está terrivelmente estressada, chateada, cansada, boquiaberta, perplexa??? Aquele que pensa. (que no caso, sou eu) Inacreditável.

Sinto uma leve vontade de morrer quando presencio alguma situação como essa, ou até mais banais.
Na verdade, são as idiotices mais banais que acabam com meu humor, pois como pode alguém ser tão imbecil, fazendo coisas que espera-se que qualquer um saiba que JAMAIS deve-se fazer??

Exemplos: 
Por que as pessoas escutam funk ou louvor da igreja no último volume dentro do ônibus?
Por que as pessoas alisam o cabelo? Porque a TV mandou? 
Por que as pessoas acham que consumismo é lazer? (ir ao shopping semanalmente)
Por que elas se vestem, pensam e agem de forma idêntica? 
Por que as pessoas te veem na rua a 300 km de distancia e gritam o seu nome?
Por que as pessoas deixam recados de respiração na caixa postal? 

Olha que legal, acabei de descobrir minha profissão. Vou ser psicóloga ou qualquer coisa do tipo. 
Preciso estudar muito pra encontrar explicação para o comportamento humano, porque ainda não vejo. 

O que me conforta é saber que eu posso ser a imbecil de algum pensante em nível indescritivelmente mais elevado do que eu. Claro, por que não? 
Assim como essa injeção de padrões que eu citei, neutraliza os idiotas do meu ambiente, o que me faz acreditar que eu não esteja envenenada também?
E, ainda estou aqui falando como se fosse nula de alienação. Essa é a parte boa, se eu sou uma alienada, ainda não sei disso! 

Mas se me perguntarem se quero ser uma idiota pra não sofrer, eu diria que não, por que sei que o conhecimento frustra, mas liberta. 






terça-feira, 11 de setembro de 2012

A vaidade sentimental


É obrigatório ser feliz?





Eu tenho preguiça de desejar bom dia, boa tarde, boa noite, uma preguiça indescritível. Talvez seja por fatores externos, que agora preciso expor, talvez não. Desejar um bom dia a outra pessoa é algo terrivelmente comum, que deriva de norma, e zombeteia de todos. Eu odeio fazer isso, mas sou obrigada a seguir o protocolo. Porém, estou convencida de que, se um terço das pessoas que lhe desejam “bom dia!”, deixassem de responder ou perguntar se “está tudo bem?” ou “como vai você?” e refletissem sobre o que exatamente estas expressões significam, talvez vivêssemos num mundo menos ordinário. As pessoas que dizem “tudo bem!” estão afirmando e não perguntando; isso é provado pelo fato de que, se eu responder “não!”, já vou ser tachada de mal-humorada e grossa. Mas, enfim, é de se esperar; afinal, é o comum, não é mesmo?

Pode parecer loucura eu estar questionando o normal que é aceito pacificamente pela grande maioria, mas enquanto eu não encontrar algo mais interessante a fazer, vou dizendo o que penso, e compartilhando minhas reflexões, talvez inúteis para outrem, importantes para outros.

 Mas o que realmente preciso expor é meu eterno ódio á ditadura do sorriso, á vaidade sentimental, ao congelamento da expressão serena.

Sentimentos? Todos temos um amontoado de sentimentos e sensações que estão a todo momento tentando se libertar de nós mesmos. Ao sabor da minha análise, sentimentos são como lâminas esterilizadas por xilocaína ou qualquer substância anestésica, para que não sintamos os cortes profundos que eles fazem.

Para que apenas vejamos o sangue escorrer, sem saber explicar o porquê.

Para que pensemos que o corte foi superficial, que não atingiu a alma. Para que possamos sentir a dor posteriormente, na hora de cicatrizar. Para que possamos finalmente embalsamar nossa alma com frieza e indiferença, para evitar a putrefação causada pela dor, que — de qualquer forma — no final é inevitável.

 Sentimentos são o que nos mantém vivos, mas por que essa dificuldade horrenda de lidarmos com eles? 

Todos os dias acordamos felizes, alegres, saltitantes? Não. Então, por que manter esse malogrado sorriso no rosto, o “bom dia!” na ponta da língua, o “tudo bem!” ligado no “automático”?

Fingimos o tempo todo nos aceitar e sermos aceitos pelo outro, fingimos o tempo todo pra nós mesmos o bem-estar, quando na verdade existe uma escara jorrando sangue dentro de nós, jorrando litros.

Tenho a impressão real de que a vida será eternamente regrada pelas paixões mal resolvidas, pelos desejos confinados e íntimos, pela ilusão do bem-estar, pelo desespero da sabedoria, pelo confinamento e exorcismo dos sentimentos, e principalmente pelo prazer momentâneo, efêmero e insano de pequenos fragmentos do que chamamos de felicidade.

O que predomina é a vaidade sentimental, temos que estar bem e felizes a todo instante. Isso é enfadonho. Faz a pessoa responder “tudo bem!”, desejar um “bom dia!” pela manhã, sem notar o quanto aquilo foi irrevogavelmente mentiroso. Não. Não está nada bem. É mentira. E não, não lhe desejo um bom dia, é a regra. 

Vaidade sentimental é o que faz a pessoa manter a pose, só pra pensarem que ela é feliz, pois a dor nunca pode ser vivida – revelada, transparente – e saboreada como tem que ser, a depressão nunca pode nos dominar para que nos transforme em algo menos lixoso do que somos, o mau-humor não pode cumprir sua tarefa de nos ensinar a ser menos patéticos, e sabe por quê? Para satisfazer o outro e, mais que isso, causar no outro o incômodo por vê-lo feliz.

E novamente são os outros, sempre eles…

Tudo exaustivo. Tudo tão humano.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Não tem como, tive que falar de amor, com 'a' minúsculo.


Não nasci pra me relacionar 




Apesar deu manter - desde sempre - uma distância segura e confortável do tal amor... Não teve escapatória, conforme todos haviam profetizado sobre minha vida, ele chegou. De uma forma bizarra, moderna e muito mais dolorosa que a regra.

Estranho, não? Sempre me comportei de uma forma suficientemente assustadora já pra evitar aproximações do sexo oposto, tudo para evitar a dor. A dor que é certa, a dor que fere, a dor que judia, a dor que é inevitável, a dor que todos nós sentimos um dia, A dor que faz você se transformar, se desconhecer, ou se descobrir, tudo para evitar essa dor, mais nada.


Eu era consciente da cada sentimento que me consome a alma agora, eu já era conhecedora de exatamente TUDO que sinto agora, e continuarei sendo. Mas o que me deixa mais triste, não é o hoje, o agora, o que me deixa mais triste de verdade é ter plena noção de que essa não foi a primeira, e nem será a última vez que me apaixono, tão certo como o amanhecer, eu voltarei a crer no tal sentimento, seja daqui 10 dias, 10 semanas, 10 meses ou 10 anos. E sinceramente, é por isso que hoje choro. 

Depois que eu me apaixonei, comecei a admirar as pessoas nas ruas. Eu as olhava e pensava "Nossa como são fortes, já passaram por isso inúmeras vezes e olhe bem, estão aí, vivinhos da silva, incrível".

Talvez sejamos todos doentes, inconscientemente guiados pela busca incessante e desesperada pela cura, guiados pela maldita esperança, guiados pela ideia errônea de que um novo amor, cura o outro.
Meu inimigo íntimo de agora é a esperança, ela me faz crer que possa existir coisa diferente do que vi/vivi, maldita! Por que você não morre?

Eu sinto dor, e hoje ela não me incomoda mais, não tanto quanto ontem, faz parte de mim e na verdade já estava aqui antes da minha paixão, ou do meu "primeiro amor". Mas é que agora, tudo é tão mais nítido, intenso e claro, que até minha dor, parece ser maior...

Tudo por causa de um amor, que eu não soube dar, e nem tampouco receber, mas a ele eu só tenho a agradecer. 



"Será preciso ficar só pra se viver?"

Humanos não sabem amar


Sei que o título é chocante, mas considerem o texto. 



Uma vez eu li assim: “O amor? Ele não é cego não, essa porra de Amor é retardado, isso sim!!!”
O amor não é retardado.
“Retardado” somos nós, humanos, que não sabemos amar, nem tampouco sermos amados.
“Retardado” é achar que somos os únicos seres capazes de amar “direitinho”.
“Retardado” é viver completamente imerso em orgulho e egoísmo,  e ainda ter a pachorra de culpar o tal “amor”. Ou melhor culpar aquilo que a pessoa CHAMA de amor.

A que nível de prepotência o ser humano chegou...kkkkkkkk Chega a ser engraçado.
Humanos ACHAM que amam, que dominam a arte de amar, quando na verdade, estão nada mais do que preocupados com sigo mesmo, e se distanciando cada vez mais do aprendizado do amor verdadeiro.
Eu não sei amar. E se você acha que sabe, eu tenho pena de você.

Observem a pureza das crianças e dos animais irracionais, aquilo talvez seja amor. AMOR.

Incrível como nós, humanos, apesar de sermos abençoados com a racionalidade, com a inteligência, com o pensar, precisamos aprender o que é amor, depois de situações afanosas, esperando a chegada de uma doença fúnebre, esperando alguém querido falecer, ver a vida escorrendo entre os dedos como bolinhas de mercúrio, assistindo a própria morte, ou ainda, observando a pureza do amor um animal irracional.

Incrível como somos extraordinariamente primitivos, terrivelmente arrogantes, e extremamente desunidos e em constante defensiva contra a própria raça. Incrível.

Incrível e repugnante.

As vezes sinto um leve arrependimento por ter nascido humana, que nojo!

Devo ser muito menina


Aposto 100 mangos que não fui a única que odiou crescer. 
(se é que podemos chamar essa hipocrisia de crescimento)





Devo ser muito menina... 

Daquela que acredita no príncipe encantado.
Daquela que põe toda a tua fé, no casamento eterno, ou ao menos verdadeiro.
Daquela que sonha com o vestido branco e a musiquinha famosa de uma cerimonia de casamento.
Com mãos dadas na rua, e bodas de ouro, prata, qualquer uma. Que sonha com reciprocidade sentimental.
Que dá vida pela fidelidade. Que quer ir no geriatra com seu marido. Que quer poder chorar no ombro dele, sem ter que dar explicações.
Que quer se comunicar no silencio, com olhares. Que quer amor e sexo, um mesclado. Que quer filho, pra ver netos.
Que sonha sim, com aquela porra de “até que a morte os separe”.
E toda essa coisa que era pra ser linda.

Mas sabe essa menina, ela virou mulher, depois da primeira paixão. Mulher decidida, independente, com personalidade e realista.
Daquela que não acredita no príncipe encantado. Coisa pra sonhadora.
Daquela que põe toda tua fé, na vida de solteira, com “maridos” esporádicos.
Daquela que acha brega, vestido branco e casamento na Igreja, o legal mesmo é se juntar, se um dia for “obrigada” pois ainda é preferível ser mãe solteira. 
Que tem horror a compromisso, aversão a romantismo, pavor a fidelidade e nem sabe o que é reciprocidade sentimental.
Que quer mesmo um homem por semana, baladas e festas, “liberdade”. Que nem sabe o que amor, só pensa em sexo sem compromisso.
Que vê o fato de estar grávida como banal ou normal.
Aquela mulher que perdeu toda a tua pureza e sensibilidade.
E que hoje tem até medo de se apaixonar de verdade.
Pois lhe foi apresentada quando menina, a porra da realidade.

É. A menina virou mulher, e de que valeu? Evolução ou involução?
Prefiro continuar menina, ainda que com sonhos utópicos, eu prefiro a serenidade daquilo que era pra ser verdade. Mas dizem que temos que crescer né!

HIPÓCRITAS. =/

Mito da Caverna



Atemporal realidade 




Considerando que a saída para termos uma sociedade mais justa, ética e altruísta é o conhecimento, nosso maior desafio como Irmãos, se resume em despertar o outro para a necessidade e importância crucial que tem o conhecimento.

É preciso criar a necessidade de aprender nas pessoas, mas não é só isso. É preciso gerar nas pessoas, a necessidade de educar os filhos, é preciso que a sociedade tenha ânsia de ter filhos inteligentes, pensantes, viciados em leitura, teatro, cinema, arte.
Mas como mudar as raízes disso tudo?
Como fazer um pai acreditar que precisa se matar trabalhando para que seu filho tenha uma boa educação?
Como fazer um pai criar a rotina de fazer o filho ler um livro e depois escrever um resumo, por exemplo?


Para reflexão, usei o Mito da Caverna:

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.


Com base nisso, fica notável o quão difícil é mudar uma cultura. Para quem passou a vida toda nas trevas, dói enxergar a luz, os olhos se fecham instintivamente, o rostro se nega. Mesmo com a consciência de que a luz é o caminho para a libertação, muitas pessoas preferem viver uma mentira confortável do que uma verdade dolorosa, e assim condenam tua vida, e até a vida de outras pessoas, à eterna demência opcional.

A tarefa de levá-los até a luz, não é fácil, é complicado, corre-se diversos riscos, mas a gratidão de quem recebe a luz é sempre menor do que o prazer daquele que o levou até lá. É muito difícil de mudar uma cultura, mas não podemos desistir.

Então com base nisso, se você conhece alguma fresta de luz, não a desfrute só, leve alguém contigo, pois, tudo que temos são pessoas e tudo que podemos dar é amor.

Paz & Bem!

                                     

Qual é o nome disso?


As vezes a atitude mais inteligente que se pode tomar, é se render à loucura.




Ele era o tipo de funcionário que toda empresa quer ter. Aquele sem ambição, que não sabe dizer não, extremamente acomodado, e com um medo pavoroso de perder o emprego, pois o emprego era tudo que ele tinha, juro.
Esses dias observei a preocupação dele ao saber que teria que descansar em férias. A preocupação dele em  deixar exatamente tudo em ordem, chegou a me irritar. 
Ele dizia: -“Esta tudo aqui!” Me entregando a papelada. -“Já falei com o cliente 1,2 e 3, com todos os departamentos envolvidos, já falei com o chefe  também.  Qualquer coisa pode me ligar.” 
Ele repetia freneticamente essa frase “qualquer coisa pode me ligar”. 
Tinhas que ver o tamanho do carinho dele com aquela papelada toda. Parecia que estava deixando um filho recém-nascido pra eu - uma estranha - cuidar, enquanto ele trabalhava. Quase rolou uma despedida emocionante com os papéis,  juro. Com os e-mails então? Vishe, me deu até tua senha.
Incrível como este homem é responsável com teu trabalho, responsável e doente. Cheguei a ter um pouco de dó dele, pelo apego que tinha ao trabalho. Foram 5 dias de “férias”, de quarta-feira, até domingo, mas parecia que ele jamais voltaria a trabalhar, parecia que ele ia morrer ou qualquer coisa do tipo. Incrível. 

No primeiro dia me ligou cedo, e disse: - “Oii, estou ligando apenas para saber se está tudo bem. Iae está tudo bem por aí??” Esboçou extrema preocupação com a voz, o que me deu vontade de rir, pois, se quer tinha dado tempo para algum problema surgir...rs
-“Está sim. Tudo na mais perfeita ordem.” Respondi feliz. 
-“Ok, qualquer coisa pode me ligar”  Ele repetia essa frase mecanicamente. 
-“Estou com minha família, anota outro n° pra me ligar”
Anotei o número e desliguei. 

E assim foi todos os 5 longos dias de tuas férias. Ele ligava cedo pra saber das coisas por aqui, e no decorrer do dia também. 
Na sexta-feira, me ligou pedindo para eu ir trabalhar no sábado, disse que só não iria por estar muito longe, quase suplicou. Eu me enfureci, mas concordei.
Finalmente a segunda-feira chegou, e lá estava ele, ás 07:00hs da manhã, mergulhando naquela papelada como quem mata uma saudade dolorosa. Cuidando de todos os clientes como se fossem teus filhos. Lendo e-mails e me questionando 1 por 1, embora eu já tinha respondido todos. Atendendo telefone e celular ao mesmo tempo, um em cada orelha.

Não foi engraçado. 
Naquela segunda-feira eu percebi que o trabalho era tudo que aquele homem tinha, se perdesse o emprego, acho que enlouqueceria, mesmo já sendo louco. A vida dele não é o trabalho, mas o trabalho é sua vida. Era como se ele dependesse do trabalho para sentir-se útil, sentir-se vivo, humano. Não sei, acho que era oxigênio para ele. Agora eu pergunto: Será que este homem teve a mesma preocupação ao viajar com tua família? Cuidar de teus filhos, assim como cuida dos clientes, admirar da tua mulher assim como admira a papelada? “Preparar” a família para quando ele tirar “férias” da vida? Se é que me entende... Será que ele protege e briga por horas a mais com a família? 

Esta tudo errado!!!
Não é assim que funciona. O trabalho tomou o lugar das únicas coisas que realmente valem na vida, o dinheiro cega o homem, a carga horária (12 horas) escraviza, o consumismo aliena, o comodismo corrói, as “férias com a família” incomodam. Que tipo de mundo é esse? Que tipo de vida é essa? O que é “ser feliz”?? Onde estão as coisas simples da vida? =/

Não quero essa vida pra mim. Alguém me tire daqui. Estou prestes a enlouquecer ao tomar a consciência que meu futuro é servir de mão-de-obra barata, em um mundo cada vez menos propício a pessoas sensíveis e problemáticas como eu. Não quero mais um minuto aqui neste escritório, quero ir pra casa. Quero cuidar da minha família, pois, não sei que dia vou sair de “férias” da vida. Não quero trabalhar 12 horas do meu dia de 24 horas, só porque felicidade é acumulação de bens. Quantos anos de trabalho num regime destes são necessários para alcançar a tão sonhada “felicidade”? Que se resume em casa própria, carro, e estabilidade financeira, dinheiro, dinheiro, dinheiro. Hoje em dia quem não tem esse kit felicidade não é considerado uma pessoa feliz, pois, segundo a sociedade, essa pessoa não consegui nada na vida. Será mesmo?

Maldito neo-liberalismo, maldito sistema!!

Eles me desceram esse kit felicidade guela abaixo, eu faço de tudo pra vomitar, por pra fora, mas meus músculos não reagem. E nem meu próprio destino eu fui capaz de escolher, as regras sobre minha própria vida, foram ditadas antes se quer deu nascer. Não me acho uma pessoa feliz, e não serei feliz com acumulação de bens. Eu quero liberdade, minha alma clama por isso, suplica liberdade. Liberdade de escolha sobre o próprio destino, liberdade em todos os sentidos. 
Alguém por favor, me tire daqui? Este não é meu lugar. 

=/ 

A proibição do uso da Camisinha pela I.C.

Dose é a palavra que ainda não sabemos o significado. 


Sabemos que qualquer padre ou líder católico, irá defender a vida ao banir o uso de preservativo, alegando que sexo é para reprodução humana e nada mais. 
Tá. Então por isso temos que ter filhos a cada vez que praticarmos sexo, SÓ porque a única função do mesmo é reprodução? E se você pratica sexo todos os dias? 
Quer dizer que num intervalo cabível você terá filhos atrás de filhos? 
E as crianças? É correto sujeita-las a uma vida desumana? 
Muitos pais não querem filhos por não terem condições, por não estarem preparados, por terem o mínimo de consciência, por diversos fatores. E eu – particularmente – sou contra nascimento de crianças para viver nesse mundo. (que drama Larissa)
 E o que dizer que DST e AIDS que ameaça a vida de quem não se previne? E legal então espalhar a AIDS pelo mundo só pq o sexo foi feito APENAS para reprodução? 
Respeito e admiro as crenças, pela grande facilidade que qualquer uma tem de tornar uma pessoa num imbecil. 
Mas sabemos que regras arcaicas não mais funcionaram, uma vez que hoje em dia temos acesso a informação, a internet tai, democratizando o acesso, temos hoje mais pessoas pensantes no mundo. 

Ok, não achem que vou defender a putaria, calma! 
Claro que é insano a banalização do sexo nos dias de hoje. Uma mulher tem diversos parceiros sexuais, um filho de cada pai, homens disputam em números suas relações sexuais, é sujo. Nojento.
Eles expelem crianças no mundo como se filho fosse uma “doença curável” quando na verdade trata-se de uma vida, filho é um compromisso eterno com a vida de outra pessoa, mas hoje em dia filho é algo descartável, aliás descartável não, porque coisas descartáveis você usa antes de jogar fora, filho não. Mulheres expelem bebês e logo em seguida abandonam,  temos exemplos disso nos noticiários... hoje em dia tudo é produto, objeto que se usa e joga fora, e aos olhos da sociedade “moderna” isso significa evolução, mas aos meus olhos isso é involução. Triste - diga-se de passagem... =/ 

Analisando rapidamente as duas situações, notamos que a tempos atrás nada podia, tudo era proibido, usavam o não para muita coisa. E com o passar do tempo fomos quebrando essas barreiras e conquistando nosso direito, porém, será que sabemos usar? Chegamos numa época onde tudo pode, tudo é licito, o sim sem fim. Logo concluímos que só mudou o lado. Antes usavam o “não” para nos ferrar, hoje só mudaram o lado, usam o “sim”, com o mesmo objetivo. 

Resumidamente o erro esta em não saber dosar, e isso se aplica á tudo.  
Nada tem dose, é tudo muito radical, não sabemos usar a liberdade que levamos tantos anos e sofremos tanto para conseguir.
Exemplificando, antigamente uma mulher casava com o homem escolhido pelo teu pai, não importa se ela o conhecia ou não, estava destinada a passar o resto da vida na cia de uma pessoa que mal conhece. Hoje em dia não existe mais casamento, os que existem vem com prazo de validade, os valores foram invertidos,  paira a ideia e que mulher criar o filho sozinha, ser mãe solteira, é prova de independência  e de liberdade.
Eu posso parecer  uma velha crica, mas isso não é independência, e a família onde fica? (Ahh é! Esqueci que temos que abandoná-la só porque muitos de nossos valores foram formados, tomando por base o cristianismo, daí os ateus, céticos e intelectuais que leram Nietzsche
 vão “dar xilique” se eu disser que família é importante). Olha por favor, saibamos dividir as coisas, os valores encontrados no Cristianismo, posso dizer que são religiosamente universais.  

Mas enfim, voltando, já diz o ditado, o que diferencia remédio de veneno é a dose, saibamos ter discernimento para viver e não passar pela vida. Não podemos condenar a I.C. e banalizar algo tão precioso como o amor... Claro, mas não podemos negar a extrema importância da camisinha para a prevenção de problemas muito maiores do que imaginamos.  Tudo tem seu peso que precisam de equilibrar na balança de nossas vidas, cabe a você escolher e principalmente saber dosar tudo.

Costumo dizer que nasci na época errada, se eu pudesse escolher, creio que viver nos anos 80 seria ideal ou menos sofrido, talvez...rsrs 

Paz & Luz. 

Conceitos distorcidos


Simplicidade?




Vivemos num mundo onde é aceito pacificamente que assassinemos nossos sonhos por um conceito distorcido e vácuo de felicidade.
Estranho e inadmissível mesmo, são aqueles que jamais desistem de seus sonhos íntimos, profundos, loucos, sonhos que os movem, sonhos utópicos aos olhos de uma sociedade doente. 
Tachados de loucos por viverem de forma livre, mesmo que a liberdade seja mental...são livres, não se importam com dinheiro, sucesso, disputas, carreira profissional, superioridade, cargos, fama, luxo, acumulação de bens, aparências, estética, padrões etc...
Somos loucos por realmente valorizarmos as coisas simples, mais do que isso, cultivamos a simplicidade e a vivemos de forma plena.
Loucos por sermos um exemplo vivo de resistência, fortes como raízes de uma árvore sem frutos e sem folhas... 

Como podemos lutar contra nossa própria natureza, não assassine teus sonhos e teus desejos indescritíveis em troca de nada, em troca de caprichos egoístas, de prepotências, de orgulho, o que é o orgulho comparado ao Amor? 

Cultivando a simplicidade vamos perceber o real valor das coisas, não teu preço.
Cultivando a simplicidade vamos despertar para um novo mundo, antes escondido atrás das ilusões que nos fizeram acreditar.
Cultivando a simplicidade vamos enxergar a válvula de escape para este sufoco que é existir, um escape para esse mar de confusões que estamos mergulhados - quase afogando...

Cultivemos a simplicidade, o universo conspira, não tem erro, cultive e emane só o que for bom, pois tudo volta pra você, é de lei. 

Cultivemos a simplicidade I-rmãos.!

Pequena Observação


O 4° poder

Notei a pouco tempo o quão somos constantemente manipulados, é triste. 


Na atualidade, como todos nós sabemos, ou deveríamos saber, a mídia possui profundas ligações com interesses políticos e econômicos, especialmente no Brasil. Essa tendência faz com que os meios de comunicação sejam não apenas transmissores de mensagens, mas também fomentadores de crenças, culturas e valores destinados a sustentar os interesses econômicos e políticos que representam. 

Exemplificando, toda emissora de TV no Brasil é concessão pública, e isso gera um dos maiores mistérios da humanidade. Como algo com o rabo preso consegue produzir tanta merda? (se me permitem o impropério) 

Piadas à parte, é notável que entramos na era em que ler é chato, o ideal é mesmo ver. Tal fenômeno pode ser analisado através da preferência de assistir a adaptação de um livro, no cinema. E muitas outras ditaduras da televisão, como por exemplo, a imposta trilha sonora de novela Global, que se espalha como um vírus e faz a população ACHAR que gosta de determinado estilo musical. O padrão de beleza, as tendências da moda, o que você come, o incentivo ao consumismo, é tudo ditado pela mídia. A "adultização" infantil, acaba com a infância de nossas crianças... E outros diversos exemplos de manipulação, controle, dentre eles, o que observei a pouco tempo, a política.

Acreditar que todo político é corrupto, vender votos, condenar um partido todo pelo erro constante de um político, se manter neutro em relação a cidadania, é se render a manipulação, é beber uma taça de estrume oferecida pela mídia. Uma das taças mais importantes que são distribuídas de forma homogênea e dosadas de acordo com os interesses. 

Os escândalos na política, mostrados pela mídia, são uma forma de expurgar os cidadãos do interesse político. Pode parecer estranho, mas esses escândalos são de suma importância para sustentar a ideia de que a corrupção é integral. Notem o quão foi impactante e polêmico o caso do Mensalão, Demóstenes Torres (ex-DEM GO), Cachoeira, Lula e Maluf, etc... Nós nos indignamos ao ver coisas assim nops noticiários, e não tiro nossa razão, mas não podemos deixar de notar o quanto polêmicas como essas, afastam o cidadão do interesse político. Por favor, não estou aqui defendendo político ladrão, nem negando a existência deles, muito pelo contrário, despertar o teu - nosso - interesse por política, é denunciar a maior forma de alienar a população, forma essa que eu chamaria de: CENSURA DISFARÇADA. Eles informam os cidadãos das patifarias cometidas pelo governo, porém ao mesmo tempo alimentam a nossa aversão a política. Não sei se descobri isso tarde, mas....

Por que ninguém gosta de política? E por que a grande maioria acha que política é sinônimo de corrupção? Não é à toa. O sistema trabalha pra isso, pra que a política seja desinteressante aos olhos da massa, pois os poderosos sabem que existem pessoas do bem - como nós - que lutariam pela queda do mau. 

O certo aqui é que o governo tema seu povo e não o povo tema seu governo.

Estou cansada, exausta dessa politica atual customizada e destinada a falhar, a corromper e injustiçar! Chega de aceitar que os efeitos dessa droga chamada mídia continue a nos atingir de forma tão brutal.

Precisamos despertar os jovens para o mundo da política. Precisamos de líderes que não se deixem corromper por papel verde. Lideres do bem, com visão, com compaixão, com compreensão.

Pra cima deles povo do bem! Somos o poder! 


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