sábado, 19 de setembro de 2015

padrão



penetração pra promover a putrefação? 
permitir que o pensamento passe a palavra
proximidade que promete prudência?
pacto padrão e um pedido de perdão

paciência...

partilha pérola sem peso ou piedade 
planta poder e colhe possibilidade 
projeto exige progresso
sem prumo parto vira processo 

possesso! 

pude pedir pra parar
preferi pedir pra ponderar
posso pintar a pista dessa prática
pra parecer menos pragmática 
posso plantar prazer 
preciso de presença, não promessa
peço pulsação e não pureza

pensamento.

prossigo pronta pra prosperar 
permitir que pise na parceria?
prefiro a dor de parir 
pássaros ou 
poesias. 

plenitude, perdão...

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Não banalize as brisas

É errado não querer?
Não. Errado é não dizer, simples e diretamente: EU NÃO QUERO.
E quantas vezes eu disse?



As vezes eu gosto de ser sozinha muito mais que estar sozinha. 
Noutras eu suplico pelo som de alguma respiração alem da minha.  
Mas eu quero presença. Nem todxs a possui. 
algumas pessoas não passam disso: Pessoas: arrogantes e mau-humoradas.  
Se isso me exclui? Não mesmo, não nego o karma de vidas passadas...rs 

Procuro entender mesmo se sentido não ter. 
Mesmo que as respostas não me completem, mesmo que minha alma não se aquete. Mesmo que minha mente, minta. E mesmo que só servir pra aumentar meeu ego. Pra que? Pensar tanto sobre tudo. E ficar cego? Problematizar o simples?  
Preguiça, imobilismo.  
Conformismo corrosivo, talvez.  
Mas da pra ouvir meu coração, só dessa vez?  
Eu to falando do que traduz nossa existência. 
Não to gritando nada que desconheça. Você sabeeee, vc sente.  
A poesia enfeita, mas ta na cara! No coração, na alma: Aceita!  
Eu quero poder te olhar sem te classificar.  
Quero poder te apresentar pra alguém, sem te interpretar. 
Talvez eu não esteja interessada em ter razão, retórica ou argumento. E pode ir dizendo o previsível que não estou disponível, que estou desatento, que mais? por me referir a mim no masculino, que mais? Por recusar a oferta que me ponha um sino? Que mais? 
Não gosto de ser vista, pois não me interessa ser lembrada pelo que viram. Que meus frutos deixem listas, quem era essa? ninguém, mais uma anônima artista... 

Eu so quero poder ser fraca, em algum lugar que eu - alem do meu corpo - fizer morada. Eu quero poder dizer o que sinto - além do que penso - e não ser julgada.  
Quantas coisas são dispensáveis? 
Quanto peso você escolhe? 
Quantos cálices não são amargos? 
Quantos litros você engole?  

Filtro, peso, medida.  
Escolha, caminho, ida.  
Coragem e compreensão 
Sabedoria e não razão.  

Li sobre a força coercitiva, e vc pode dar este nome, mas não some com a iniciativa do seu pensar: a convicção de que nascemos pra amar! 

Eu poderia te abraçar, você sabe, os diamante vem da lama.  
Então nem pa na sujeira ainda estou a me limpar e quem sabe, um dia alcanço a fama? 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

orra


De mim não dá pra falar, preciso primeiro me conhecer
Do cotidiano e do capitalismo eu cansei de reclamar, quero esquecer
De amor, sobram especulações e jorram litros de sangue, dos corações
Da mente, a raiva de ser sabotada, porque a razão até hoje não serviu pra nada 
Do que se sabe sobre o que somos? 
O que se aproveita do que sobramos? 
Por onde andamos quando fomos? 
O que você viveu 
de nada valeu
se disso, tu nada aprendeu...
então esquece as brisas todas 
vem 
ser
meu.