segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Depressão Pós Moderna


Sente o drama: 

Ouso dizer que o sentimento desesperador é comum a todo jovem na atualidade. Talvez você acha que não sabe do que estou falando, então vou desenhar. 



Sonhamos com a independência financeira.
Arrumamos um emprego. O emprego não é bom, mas para arrumar um melhor, precisamos estudar. Então trabalhamos feito um bando de pau no cu, para pagar os estudos.
Dormimos menos de 6 horas por noite (BEM MENOS), estamos constantemente cansados.

Nos drogamos no final de semana, (PRA ALGUNS TODOS OS DIAS) na tentativa frustrada de aliviar o stress permanente. Isso quando nos sobra coragem pra sair de casa. Só de pensar no itinerário percorrido até o rolê, o frio que passaremos enquanto esperamos o metrô abrir, ah não, preferimos dormir. 
Juramos responder sms, mensagens de amigos antigos no facebook, telefonemas pessoais. Juramos pagar aquelas visitas em atraso. Juramos visitar os avós, os familiares. 

Sexo casual é só mais um membro da lista de “saídas” que encontramos. Ou melhor, achamos que encontramos. Outros de nós, casam-se, teem filhos, vão à qualquer igreja. Tentam levar a vida numa boa, sem solavancos. Acham que conseguem...rsrs Fora a arte de nos equilibrar entre escolhas e consequências o tempo todo. Mandar o chefe tomar no cu ou não? Chegar em casa à 1 da manhã, comer ou dormir? Fugir pro mato, viver de amor e música, ou não? Se curvar perante essa servidão voluntária, ou não? Nos render ao maldito sistema, ou não? Guardar o dinheiro que lutamos tanto pra conseguir, ou o FODA-SE?

Mas a questão é que estamos doentes. Definitivamente enfermos. Tenho a real impressão de que somos – mesmo que inconscientemente – guiados pela busca incessante e desesperada pela cura. Pra alguns, cura é luxo, apenas um alívio bastaria. Guiados pela maldita esperança de que existe alguma possibilidade de sentido nessa porra de vida, nessa existência estúpida. 

Morre esperança, morre vai?

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