sábado, 6 de junho de 2015

resquícios


Na garage os material da construção
No coração a sensação de fracasso
O meno caiu da moto pro chão
Mais uma dona Maria correu pro abraço
  
Multa nos busão e nos mercadinho
Culpa no canhão e dedo no gatilho
Pombas brancas sujas se sangue
Boiam nenhum mar de estrume dessa gangue


A quadra da escola é o vício que te afasta do precipício

De dentro da lotação lotada, vejo uma preta gostosa por o lixo 
Nessa falta de justiça o que não falta é egoísmo
De uma gente que só se aflige com cadáver branco rico
Nossa morte não fede igual a sua, pq não somos podres como vocês

Na ignorância mora uma força com poder destrutível 
Força essa que no peito sangra, a dor de uma mãe é irredutível 
que no momento de esperança confere se o filho ainda ta vivo
Pedreiros e domésticas, o que cêis tem com isso? 
Somos nóis que jamais vamo ce bem quisto 
E a consequência disso? 
Pobres que comemoram nas ruas o que recebemos de vcs: 
resquícios. 

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