terça-feira, 7 de junho de 2016

nascida na babilônia, não pertencente a ela.



Eu nasci nessa babilônia sim, mas eu não pertenço a ela
eu vim pra fazer história e não pra chapa assistindo novela
eu vim foi pra me unir com cada loco disposto a resistir
à toda sujeira que reina por aqui...
Vim pra desconstruir esse castelo feito com nossos ossos
e pra desmascarar cada demônio que finge ser dos nossos

Eu nasci nessa babilônia sim, mas ela não me arrebatou
eu vim pra fazer mais do que existir, e não pra me submeter ao que ela deturpou
Vim pra convocar cada soldado que já tá armado e ainda não se ligou
Vim pra gritar alto nos ouvidos dos verme que achou que me calou
Vou viver pra estampa o desespero na cara de quem tanto tento, 
mas não me mato!

Eu nasci nessa babilônia, sim!
mas tem alguma coisa dentro de mim,
que me dá a convicção que nóis não nasceu pra viver assim.
E de onde vem a porra do sentimento de inconformação constante com a realidade?
De onde vem essa ansiedade em encontrar uma suposta verdade?
ou pelo menos uma explicação?
E você pode arriscar dizendo que é culpa da razão. 
Mas enquanto a mente não sentir, me desculpa...
eu atribuo ao coração.

A magnitude do sentimento que eu tenho aqui, não me permite crer que ele seja meu
pq mano, 
escorre pelos olhos
exala pelos poros...
Então, meu Senhor, se foi vc que me presenteou com a revolta, quero agradecer
Ela é a coisa mais preciosa, que eu nunca pedi pra ter
Falhei em mecanizar meus sentimentos, e não foi á toa
Então se eu chora, me perdoa...
É que militar
ainda não me deu a habilidade de falar sem me emocionar
sobre a podridão de um sistema que decide quem vai rir 

quem 
vai 
chorar!

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