segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Não tem como, tive que falar de amor, com 'a' minúsculo.


Não nasci pra me relacionar 




Apesar deu manter - desde sempre - uma distância segura e confortável do tal amor... Não teve escapatória, conforme todos haviam profetizado sobre minha vida, ele chegou. De uma forma bizarra, moderna e muito mais dolorosa que a regra.

Estranho, não? Sempre me comportei de uma forma suficientemente assustadora já pra evitar aproximações do sexo oposto, tudo para evitar a dor. A dor que é certa, a dor que fere, a dor que judia, a dor que é inevitável, a dor que todos nós sentimos um dia, A dor que faz você se transformar, se desconhecer, ou se descobrir, tudo para evitar essa dor, mais nada.


Eu era consciente da cada sentimento que me consome a alma agora, eu já era conhecedora de exatamente TUDO que sinto agora, e continuarei sendo. Mas o que me deixa mais triste, não é o hoje, o agora, o que me deixa mais triste de verdade é ter plena noção de que essa não foi a primeira, e nem será a última vez que me apaixono, tão certo como o amanhecer, eu voltarei a crer no tal sentimento, seja daqui 10 dias, 10 semanas, 10 meses ou 10 anos. E sinceramente, é por isso que hoje choro. 

Depois que eu me apaixonei, comecei a admirar as pessoas nas ruas. Eu as olhava e pensava "Nossa como são fortes, já passaram por isso inúmeras vezes e olhe bem, estão aí, vivinhos da silva, incrível".

Talvez sejamos todos doentes, inconscientemente guiados pela busca incessante e desesperada pela cura, guiados pela maldita esperança, guiados pela ideia errônea de que um novo amor, cura o outro.
Meu inimigo íntimo de agora é a esperança, ela me faz crer que possa existir coisa diferente do que vi/vivi, maldita! Por que você não morre?

Eu sinto dor, e hoje ela não me incomoda mais, não tanto quanto ontem, faz parte de mim e na verdade já estava aqui antes da minha paixão, ou do meu "primeiro amor". Mas é que agora, tudo é tão mais nítido, intenso e claro, que até minha dor, parece ser maior...

Tudo por causa de um amor, que eu não soube dar, e nem tampouco receber, mas a ele eu só tenho a agradecer. 



"Será preciso ficar só pra se viver?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário