Não há maneira certa de descrever uma angustia, seja ela qual for.
A forma como somos moldados e adestrados às metas capitalistas, nos nega um direito básico: o direito de existir numa vida que supostamente nos é única! Isso é pesado, e queria eu ter a habilidade de descrever o quanto isso é pesado.
Um dos primeiros passos para diminuir a pobreza e o vazio da nossa rotina é entender o porque das coisas. O foda é que quando vc se dispõe a compreender o mundo ao seu redor, assina um contrato de prazo eterno com a angustia.
Como entender o por que das coisas? Questionando. Questionando a escola. O trabalho. A família. A crença. A si mesmo. Pergunte-se, pra que eu faço x coisa? E será mesmo que há a necessidade deu fazer essa x coisa? Inclusive questionar o questionar...rs
Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante, e quando vc passa a questionar sua mais tola ação, percebe que assustadoramente muitas das coisas que fazemos não tem sentido.
Desde os primeiros segundos de vida, somos apresentados a um mundo já pronto. Em pleno funcionamento. Um mundo que não vai pedir sua opinião sobre como ele deve funcionar, agora que vc existe. Foda-se! Você é mais um numero. Adequar-se é tudo que te resta. "Na infância você chora, te colocam em frente da TV. Trocando suas raízes por um modo artificial de se viver". Desde cedo somos adestrados a querer alcançar as metas que o capitalismo define e impõe como “metas de vida”. Vivemos num mundo onde é aceito pacificamente que assassinemos nossos sonhos em troca de um conceito vácuo de “felicidade”.
Pense! Pra que nasce um homem, uma mulher? - Pra estudar até conseguir um bom emprego, um nível de consumo regular, formar família, conquistar bens materiais travestidos de “vitória”, ter um canto onde “cair morto” e meia dúzia de comovidos para ir ao seu enterro! É pra isso que nascemos? Pra assistir nossa vida passar perante nossos olhos, pra sobreviver e não viver? Mesmo que isso te custe uma vida vazia de si mesmo. Vazia de sentido e de tempo. Vazia em essência e utilidade. Vazia de verdade. Uma vida vazia de vida.
Me nego a crer que Deus nos criou para que trabalhássemos das 8 as 18 de segunda a sexta, e estudássemos coisas que jamais nos serão úteis na vida, para que estejamos dentro de um padrão de vida estabelecido pelo sistema. Essa felicidade empacotada nos é imposta. E eu a rejeito por ser o que o capitalismo chama de “ser feliz” não o que eu sinto que seja. Rejeito por que essas não são as metas da minha vida.
Onde já se viu vivermos em paz num mundo que decide quem pode ou não sonhar? Somos pressionados por todos os lados a “ser alguém”, mas, o que é ser alguém? Estou exausta dessa necessidade de escolhermos uma profissão que dê dinheiro, para que no futuro possamos descobrir nossa real vocação, para que finalmente aos 50 anos, possamos começar a viver para nós mesmos, atendendo aos nossos próprios desejos.
Me nego a crer que nascemos para seguir regras que nos adestra e diminui. O amor é o princípio de nossa existência e sua única finalidade, me nego a contrariar isso...
Necessidades, cada um tem a sua....se todos tem a mesma, alguma coisa ta errada e se essa for dinheiro, já era, já está morto....
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