sexta-feira, 10 de julho de 2015
Ótica Marginal
Texto escrito em parceria com meu mano Fernando, um dos escritores marginais mais pika da nossa época! oticamarginal.blospot.com.br entre e tente sair!
Questoes existenciais sempre me inquietaram.
Questões sociais sempre me revoltaram.
Meu desequilíbrio emocional sempre me atrasou.
Não cuidar do meu espiritual, não adiantou...
A sociedade sempre me cobrou
Por um tempo me adestrou,
Mas algo aconteceu e me despertou
Pra eles, hoje louco estou
Mas ao contrario do que pensam
Eu vejo o que não querem que eles vejam
Mas nem tudo é flores,
E nessa viajem meu eu não vê mais cores,
Apenas um circo de horrores
De um bando de palhaço alegrando a corte
Nem chorar consigo mais
ausência total de paz
qualquer silencio é insuficiente
pois o barulho ta na minha mente simplesmente me perdi,
presa por aqui
sinto que jamais vou sair
tento me mexer mas meus músculos não reagem,
será que chegou a hora de me tornar apenas miragem?
O inimigo bate sem massagem,
E de perdedor não vou deixar a imagem,
Sem maldade,
Já passei da idade,
Já lamentei demais dessa cidade,
Mas fazer o aqui se assim como o cão late,
Meu coração bate
Nem de direita nem de esquerda,
Mas bem no meio que é pra causar alarde
Até o fim seja lá qual for, eu vou,
nessa terra de covarde,
só mais um eu não sou
A cultura do conformismo é corrosiva, agradecer peli trabalho e pela rotina massiva,
rejeitar a luta de maneira passiva,
pra comprar sapato e assassinar a vida.
Apresento a vc meu defeito de fabricação
chega mais perto pra ver o poder da preta em ação
InterPRETAaçao,
ceis manja?
Eu curo a chaga da babilônia com ganja,
fora dos padrao normativo,
sinto meu interior interagir com o mundo ativo!
Ganja a cura da nação,
Mas enqto os laboratório molha a mão,
Médico receita medicação,
Controlada,
taxada,
Manipulada,
Enquanto o que nasce no quintal é criminalizada,
E a mente do povo frita
com tanta droga prescrita,
Tarja preta social,
Controle populacional,
Sabotagem racional,
Mais vale um exercito de doente mental
Que uma marcha natural,
intelectual
De mente e voz ativa
Que destrói os argumentos na lata
E não na bala de borracha.
Borrachada, butinada, cacetada,
pobre sofre já com a marmita amassada,
virilha assada
de tanto caçar emprego
e ainda é tratado sempre como suspeito,
no gueto onde mora o respeito,
PM só entra quando ta em choque, coquetel molotov que explode, incendeia e taca fogo,
quebra banco que só extorque nosso povo,
black block eu?
Não, só to de olho,
vandalismo é o q se faz com quem não conta nem com um ovo pro almoço,
e na escola aula vaga de novo,
Convite pra ficar no bolo,
aprendendo como se faz o estouro, vendo a vó sendo humilhada no posto, sem remédio,
Sem tratamento,
sem respeito,
Sem mérito.
Medalha pro cuzao da corporação, confundiu o lema
e ao invés de defender desceu a lenha,
Na criança no portão
menor que tava de boa,
esperando a coroa,
mas era preto, não podia ser gente boa e toma mais uma bala na boca
Pra imprensa o inocente era funcionário da boca.
Menorcidio,
quem mata mais menor ganha dicidio,
menos um futuro ladrão
Ou futuro cidadão,
Quem vai saber
Se não nos dão a chance de escolher?
É tapa na cara o tempo inteiro, esculhacho no busão cheio,
Corte no orçamento é desemprego, inflação camuflada
Pra discarada falar na tv e não dizer nada,
boy faz panelaço na sacada
Enqto o pobre de panela vazia,
Dorme sem comer nada.
Reflexo do que se não vê,
do espelho distorcido que quebraram pra você,
vai na fé,
Ta td de boa,
Sabe como é,
uma dia a bomba estoura
E quero ver quem fica de pé.
Mentira de perna curta e lingua solta, corre pouco, fala muito
uma hora a verdade destoa
e quero ver o que sobra deste mundo
Boa noite mais um dia passou
e nada mudou,
um dia a menos de vida
é o que restou,
e dormir nesse barulho é foda,
saber que enquanto Tamo aqui
A engrenagem do sistema roda, mesmo estando de fora,
atinge nóis a toda hora.
O que fazer agora?
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTamo junto carai...
ResponderExcluirMas exagerou ali no começo.
Temos que fazer mais desses.