Não deu tempo de escrever poesias fodas ou de comprar uma roupinha ajeitada.
Eu estava ocupada demais, vivendo minha realidade que não é forjada...
As coisas que eu aprendi, foi a vida que me ensinou
Nada estava escrito naquele livro que eu li, lembra? Aquele que me emprestou?
Eu conheço a raiz da injustiça, sei o verbete dessa palavra de cor
Não venha me dizer que é culpa do meu desinteresse, ouvir isso dói
Mas nada dói mais que ter consciência da minha condição de atrasada
Sim, atrasada em todos os aspectos possíveis dessa jornada
Rejeito como vômito qualquer balbucia sobre mérito
E se der uma ânsia de me desqualificar, procure um médico!
Não sou obrigada, não sou tuas branca lora
Aqui o chicote estrala e não é no seu cu de patroa
Mais respeito com a história da preta favelada!
Mas quem sabe uma sugestão econômica, prática!
Pega seu elitismo, junta com suas oportunidades e tenta entender minha sátira
Eu sei, ficou difícil?
É que não escrevo pra você e seus amigos patrício...
Mais respeito com a preta favelada!
poesia não tem hora!
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