sábado, 6 de dezembro de 2014

minha redação do enem 2014


A adultização infantil



O programa 'cultura em debate' exibido pela TV cultura em meados de julho/2014, me elucidou sobre a necessidade emergencial de nos debruçarmos sobre o tema proposta de maneira reflexiva. A publicidade infantil despreza os direitos da criança e do adolescente, pois segue a logica de mercado, lógica essa que desrespeita - em prol do capital - inclusive os direitos humanos.

Defendo não apenas a resolução do CONANDA que considera abusiva a PI, mas também a proibição de qualquer publicidade direcionada à este público. Estamos falando de crianças! Daqueles que são literalmente o futuro. Se há, nos setores interessados na continuidade desse tipo de publicidade, uma certa dificuldade de compreensão sobre a legitimidade da resolução, sugiro que os mesmos reflitam sobre o por que o órgão deveria manter-se neutro quanto às propagandas abusivas, uma vez que a legitimidade da medida está justamente nelas? Bem como seria irrisório que os candidatos do ENEM corrigissem suas próprias redações, por ex, estou convencida de que a autorregulamentação e nada é a mesma coisa. Esses acordos são feito às escuras, defendendo apenas os interesses publicitários capitalistas que ficam por trás de cada musiquinha fácil de decorar da propaganda do danoninho, por ex.

A publicidade infantil e cruel, vil. Se escora nos pilares frágeis da incapacidade de reflexão das crianças sobre suas próprias necessidades. As trata como adultos, porque sabem que a propaganda direcionada aos pais - estes com poder de compra e reflexão - não tem o mesmo efeito.
Como proposta de intervenção, defendo a criação de leis que proíbam a publicidade infantil. Mas, como idealista, defendo uma reforma estrutural na educação do Brasil. Para deixarmos de aprender a sermos meros consumidores, e possamos contar com a educação como primeiro degrau de subida na escada de preparação para o convívio em sociedade. Isso vai além de intervir, mas sugere que não apenas tratemos das consequências dos problemas, mas, principalmente, que reconheçamos as causas deles.

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